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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

FÉRIAS! FÉRIAS! FÉRIAS!

Amigos fãs de football, estamos de férias!
Nosso blog volta a ter atualizações dia 1º de abril - não é mentira!
(ou antes, caso haja uma notícia muito importante)

Até lá!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

E continuamos com mais humor...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Mais um pouco de humor...


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Um pouquinho de humor...

Pra todos verem que os erros ocorrem mesmo nas milionárias redes de TV americanas...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

10 considerações sobre a prática de futebol americano no Brasil

Conforme prometi, hoje falarei do futebol americano no Brasil. Em vez de um texto longo e chato, preferi dividir em 10 considerações/sugestões, de modo bem direto... vamos lá!


1. Isto é um esporte, não uma guerra
      Rivalidades são bacanas quando você já tem o esporte consolidado, com times fortes etc.. Nós ainda estamos longe disso no Brasil. O futebol americano é frágil aqui ainda e NADA garante que teremos campeonatos no ano que vem. Esta é a hora de todos os times e jogadores se ajudarem. E isso não vai rolar se rivalidades precoces forem instigadas. Cut the crap!

2. Isto é Brasil, não a NFL!
      Ninguém no Brasil ganha milhões para jogar futebol americano. Todo mundo tem que ir trabalhar ou estudar no dia seguinte. Então não faz sentido alguém arriscar sua saúde e a do adversário para ganhar uma partida. Deixe isso para os caras da NFL, que têm seguros milionários. Já você, se quebrar um braço, pode perder o emprego. E se ferir um adversário, pode estragar a vida dele (não estou falando só da vida “esportiva”, falo da vida como um todo). Então, easy, galera... easy!

3. Não queime seu filme...
      Neste último ano, muita gente convidou o BandSports para cobrir eventos de futebol americano. Alguns tiveram ótima organização. Mas vários foram pura esculhambação: atrasos, confusão, improviso. Houve evento com gente sem camisa, bebendo cerveja na sideline. Outro atrasou duas horas e tinha juiz de chinelos. Outro era num campo de várzea enlameado. Tudo sem placar, sem assessoria de imprensa, sem nada... Pessoal, quando imagens assim chegam a uma emissora, você queima o seu filme, o do futebol americano e o do jornalista que sugeriu a cobertura. Se você não tem certeza de que seu evento será PERFEITO (ou perto disso), NÃO CHAME AS TVs. E não prometa o que não pode cumprir. Ponto final.

4. Não use o nosso nome em vão...
      Tem alguns espertinhos usando o nome do BandSports e de outras emissoras na hora de pedir patrocínio e apoio. Prometem reportagem e até já chegaram a dizem que o evento seria “transmitido ao vivo” pelo canal. Bom, quem fez isso já está riscado ETERNAMENTE da nossa agenda. E se rolar no futuro, medidas legais serão tomadas. Então, espertinhos de plantão, abram o olho...

5. Pense no bem do esporte, não do seu time...
      A despeito de todo o progresso do futebol americano no Brasil, ainda tem gente na organização de eventos que toma decisões pensando no seu time, e não no que é bom para o esporte. Se você é assim, caia na real e perceba que, a médio prazo, isso significa apenas uma coisa: o enfraquecimento e talvez até o fim do futebol americano no Brasil. E nesse caso, o que você vai fazer com o seu “lindo time”?

6. Ambições pessoais têm limite...
      Não é errado querer ganhar dinheiro ou status com futebol americano. Mas há um limite claro: o do interesse geral. Algumas pessoas não hesitam em levar adiante suas ambições pessoais, mesmo quando elas prejudicam o esporte de forma geral. Vamos pensar nisso e tomar cuidado.

7. Cuidado com as “roubadas”...
      Desconfie de promessas de “equipamento barato”, “patrocínio fácil” etc.... Aquele “negócio da China” pode se transformar numa “novela mexicana”, seja por desonestidade, seja por incompetência, desconhecimento da lei, inexperiência etc..

8. Você sabe o que está fazendo?
      Muita gente entrou para times de futebol americano sem ser fã de NFL e NCAA, ou tendo apenas acompanhado “de leve” o jogo. Tudo bem, mas agora que você está aqui tem que conhecer o esporte! Tem que aprender suas regras, suas táticas, sua história, seus ídolos, sua atualidade, seu folclore. Isso faz diferença na evolução de um jogador e de um time, porque futebol americano, antes de tudo, é um esporte cerebral, em constante evolução intelectual e técnica. A cultura dele é diversa e empolgante. Vá atrás!

9. Resmungue menos, faça mais...
      Organizar campeonatos ou federações é muito mais difícil do que parece. Se você acha que sua liga ou federação está pisando na bola, meta a mão na massa, em vez de meter a mão no teclado para resmungar na internet. “Ah, mas lá na liga tem o fulano que não gosta de mim!”. Ok, então monte sua chapa e concorra às próximas eleições. É seu direito.

10. Orkut não é o mundo real!
      Muitas vezes, o Orkut e a internet de forma geral mais atrapalham do que ajudam: fomentam mal entendidos e brigas sem fim. Pense bem antes de escrever. Só clique em “enviar” se tiver certeza de que não vai causar uma polêmica à toa. E para resolver problemas “de verdade”, use o bom e velho TELEFONE. Aquela piada que falada no telefone serve para descontrair, quando escrita na internet pode soar como ofensa e detonar um barril de pólvora. Tenha isso em mente.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Feliz ano novo! (?????)

“O Mancha está louco? Estamos em fevereiro!!!”, vocês devem estar pensando.

Bom, pra quem gosta de futebol americano, o Super Bowl é o verdadeiro demarcador de datas...
O ano acabou domingo, com a belíssima vitória dos Saints sobre os Colts. E como ano novo é sinônimo de repensar o que passou e planejar o futuro, queria tecer alguns comentários bem pessoais aqui.

Em downs:

1st & 10!
O que é este blog?
Algumas pessoas perguntaram durante a temporada por que eu e o Sílvio não usamos este blog para analisar os resultados de jogos e atuação dos jogadores, da mesma forma que fazem, por exemplo, o Diário NFL (http://www.diarionfl.zip.net/) ou o O Quarterback (http://www.oquarterback.com.br/).

Bem a resposta já está na pergunta: há blogs muito bons oferecendo essa cobertura day-to-day, sem contar que nós já temos a TV para realizar nossos comentários e prévias. Por isso, você viu e verá aqui sempre algo diferente: bastidores, opinião, reportagens inéditas, história, curiosidades... Enfim, o “Lado B” do futebol americano.
Nosso play calling tem dado certo. O Google Analytics não nos deixa mentir e acho que ganhamos umas 7 jardas com essa tática. Então vamos para...


2nd & 3!
Uma temporada difícil...
Esta foi a temporada em que me saí melhor como comentarista, mas também foi a mais desgastante desde que pisei pela primeira vez no BandSports, em setembro de 2006. Por quê? Vamos lá...
A base de fãs cresceu muito neste último ano (só a quantidade de e-mails recebidos aumentou mais de 200%). Com isso, cresceu também aquela parcela de torcedores ultraexigentes. Gente que não perdoa um deslize sequer, dentro de um uma partida que dura 3h30. É uma parcela muito pequena – talvez 1% do total – mas às vezes mais barulhenta que os outros 99% que curtem a transmissão.
Nada contra os fãs exigentes. Pelo contrário, eu gosto (de verdade) quando alguém me escreve diretamente para corrigir algo ou reclamar. Sou um cara 100% acessível via este site, Orkut, e-mail do BandSports, Twitter, e-mail pessoal etc.. Quem já me enviou alguma crítica diretamente sabe que eu atendo com educação e sensatez. Se estou errado, admito, agradeço e tento corrigir na próxima transmissão. Acho que eu só evolui nos últimos dois anos porque dei MUITA atenção às críticas.
O problema é quando as críticas são feitas de modo ofensivo (alguém aí gosta de ser xingado em público?), injusto (um erra, todos pagam) ou pelas costas (em fóruns de discussão etc.). Aí não é crítica, é malhação de Judas. Por esse motivo, acabei me desligando de quase todas as comunidades de futebol americano do Orkut, Yahoogrupos etc.. Porque tem gente (uma minoria, é verdade) que usa essas mídias sociais para descarregar sua agressividade em cima de mim, do Ivan, do Sílvio, do Everaldo, do Paulo Antunes etc..
Lamentável ter de sair desses fóruns de discussão, mas não tenho sangue de barata.
Pelo desgaste, perdemos 4 jardas. Vamos para...

3rd & 7!
Uma temporada gratificante!
Por outro lado, preciso lembrar aqui da esmagadora maioria de mensagens gente apoiando e elogiando. Eu não costumo comentar muito isso, pra não parecer presunçoso, mas quero que as pessoas que nos escrevem saibam que eu dou muita importância, sim, a elas. Cada elogio ou palavra de apoio fica registrada em nossas mentes corações, podem acreditar. Valeu, mesmo, galera!

Com essa big play, vamos em frente, para uma nova serie de descidas! YES!

Amanhã, falo sobre minha visão do futebol americano no Brasil.

Abraços e Happy New Year!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

VENCEDORES DO DESAFIO ESPECIAL DE SUPER BOWL

Dentre as mais de 200 frases enviadas à redação durante o Super Bowl, com o tema "Super Bowl, furacão e velocidade", estas abaixo foram cinco escolhidas pela produção do BandSports como as melhores.

Os autores levarão cada um um exemplar do livro "Jogando por Pizza", de John Grisham. 

Parabéns!!!



"Super Bowl é emoção e paixão: concretiza e destrói sonhos com a velocidade de um furacão."
Daniel Nobile de Aquino - Uberlândia (MG)

"Super Bowl transmitido pelo furacão Bandsports passa numa velocidade tão grande que já deixou saudades."
Barbara Roma - São Paulo (SP)

"Com Colts e Saints, o coração bate na velocidade de um furacão; e o Super Bowl na BandSports é a certeza da melhor transmissão.”
Luiz Cláudio Júnior – Eusébio (CE)

"Super Bowl, um furacão de energia e adrenalina que atinge os corações dos apaixonados por futebol americano numa velocidade que nenhum outro esporte pode proporcionar."
Marcos Ximenes Neto – Atibaia (SP)

"Com a velocidade de um furacão, o Super Bowl e o BandSports arrebataram meu coração."
Samir F. De A. Cavalcante – Rio de Janeiro (RJ)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O furacão passou por Miami!

Confira tudo sobre a incrível vitória do Saints nesta 
terça-feira, 18h30, no BandSports Football.




domingo, 7 de fevereiro de 2010

SUPER BOWL é no BANDSPORTS!


20H00
ABRE DE TRANSMISSÃO 
MATÉRIAS FEITAS EM MIAMI  
POR PAULO MANCHA
PRÉVIA DA PARTIDA  
COM IVAN ZIMMERMAN, SÍLVIO SANTOS JÚNIOR E PAULO MANCHA

21H20 
SAINTS x COLTS - AO VIVO
NARRAÇÃO DA PARTIDA: IVAN ZIMMERMAN
COMENTÁRIOS: SÍLVIO SANTOS JÚNIOR e PAULO MANCHA
DIRETO DO ESTÁDIO: THIAGO PERDIGÃO (DO LANCENET)   

DURANTE O JOGO, NOSSO DESAFIO ESPECIAL DARÁ 5 EXEMPLARES DO BEST SELLER "JOGANDO POR PIZZA" (A INCRÍVEL HISTÓRIA DE UM QUARTERBACK DA NFL JOGANDO NA ITÁLIA)

 IMPERDÍVEL!
O CANAL DE TODOS OS ESPORTES

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Xiiii! Será que é culpa do Mancha???

Olha o que apareceu no relatório de 
contusões do New Orleans Saints hoje:

Será que é culpa minha?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Matéria sobre Super Bowl HOJE, direto de Miami

Não percam! Hoje, 19h, no Magazine BandSports, matérias e entrevistas que fiz em Miami com jogadores de Colts e Saints!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Super Bowl Media Day – parte 3 (final)

E então chegou o dia. Miami, 10 da manhã, depois de passar por uma checagem de segurança digna da Faixa de Gaza, eu e o cameraman Fernando chegamos ao Sports Club Level – o saguão interno do Sun Life Stadium. Parece estádio brasileiro: acarpetado, com minimuseu, memorabília dos Super Bowls disputados em Miami, loja de produtos, lounge, bar...
Antes mesmo de os Colts chegarem, as entrevistas já rolavam. E, believe it or not, um dos mais entrevistados era... eu! Sei lá como, rodou pelo salão que a TV brasileira estava lá. E, na falta de celebridades e jogadores, vai o “exótico repórter tupiniquim” mesmo. Uma TV de New Orleans, uma rádio de Nova York e um website do Mexico queriam saber de mim se eu não tinha me enganado, vindo ao evento  do “futebol errado”. 
Com toda classe que consegui ter, respondi que o futebol americano está crescendo no Brasil e que, sim, eu sabia muito bem onde estava. 
Aliás, cada vez mais acho que a Louisiana é a Bahia dos americanos. A repórter da TV de Nova Orleans não tinha nem de longe aquele ar formal dos yankees em geral e até deu um pulo e um grito no meio da entrevista quando eu disse que no Brasil as pessoas preferiam que os Saints vencessem  (chute total meu...).

Chegam os Colts. Cerca de 20 jogadores, todos uniformizados, para facilitar a identificação. Afinal, 90% do tempo nós os vemos com capacetes – ok, todo mundo reconhece Peyton Manning ou mesmo Joseph Addai. Mas você sabe a cara do Kyle DeVan? E do Clint Session? Pois é. E isso vira um problema quando o tempo é escasso e você não pode perder um segundo tentando identificar quem é quem.


Sim, porque o tempo desse Media Day é pra lá de escasso:  cada time fica à disposição dos jornalistas por 60 minutos. Acontece que eram mais de 1000 repórteres do mundo todo! Os jogadores mais famosos ficavam numa mesa, numa espécie de tablado elevado. Isso facilita pro cinegrafista, mas impede as entrevistas exclusivas – que são o objetivo do bom repórter. Tinha os outros jogadores, cerca de 10 no caso dos Colts e 20 no caso dos Saints, que ficavam andando pelo salão. 


Só que havia sempre meia-dúzia de jornalistas pendurados em cada um! Para quem é de TV, isso se torna um inferno, pois a entrevista exige que você tire todo mundo de perto e fique sozinho com o jogador.

Eu consegui, mas a custo de muita tensão, cara-de-pau, olhares tortos dos colegas e músculos: num determinado momento praticamente dei um tackle no Ryan Diem pra trazê-lo a um ângulo ideal pedido pelo Fernando, o cameraman.

Como tacklear um OL da NFL não é algo que eu faça sempre, fiquei tão nervoso que, na hora de perguntar, me enrolei várias vezes com o inglês. Na coletiva toda minha língua cometeu fumbles. Pior é que eu falo bem o idioma, mas qualquer coisa feita sob pressão tende a desandar; no caso do Media Day, meu “English” virou “Mumblish” – um monte de “ãhhh...mmmm” seguido de gaguejos e alguns erros de concordância... Move on, Paulo, como diria o Sílvio Santos Júnior.
Quando os Colts saíram e vieram os Saints, a coisa fluiu um pouco melhor. Mas ainda assim me senti um imigrante do Uzbequistão tentando declamar Shakespeare quando perguntava ao Scott Fujita se a falta de um jogo corrido ameaçador por parte dos Colts estimularia aos linebackers dos Saints empreender mais blitzes sobre Peyton Manning. De alguma forma, ele me entendeu, e respondeu que não, pois Manning é um exímio identificador de blitzes e ficar tentando isso toda hora pode ter um resultado negativo, com a secundária sendo pega desprevenida.

Bom, as entrevistas e matérias vocês poderão ver a partir desta quinta-feira, no Magazine BandSports, nos jornais do BandSports e na abertura da transmissão do Super Bowl domingo. Em todas as exclusivas, fiz sempre uma pergunta de tática e outra mais genérica.
Apenas um aperitivo das “genéricas”:

  • O “menino” Garret Hartley, kicker dos Saints, contando sobre sua carreira de goleiro antes da NFL.

  • O “gente-boa” Pierre Garçon, WR do Colts, falando emocionado do Haiti.
  • O “turista” Sedrick Ellis, DT dos Saints, falando sobre sua vontade de vir ao Brasil (me pegou pra guia turístico antes mesmo da entrevista – ele que MESMO ir ao Nordeste).
  • O “figuraça” Pat MacCafee, punter dos Colts, falando que não fará tricky plays (não acreditei...) e depois solltando um "Brazil! Super Bowl no BandSports!"
  • O “bravo” Raheem Brock, DE dos Colts, explicando como a defesa se adaptará caso Dwight Freeney não jogue.

  • O “japonês-alemão” Scott Fujita, LB dos Saints, pedindo a torcida da colônia japonesa de São Paulo...


Alguns dados interessantes que todo mundo divulgou por aqui nos EUA:

- Das 128 perguntas feitas a Dwight Freeney, 96 eram sobre seu tornozelo.
- Darren Sharper não sabia se o Manning dos Colts era o Peyton ou o Eli e justificou:  “Eu confundo até os meus próprios irmãos”
- Peyton Manning disse:  “I am not superstitious… maybe ‘a little-titious’… Uh, that’s a bad joke… Eli gave it to me!”
- Chad Ochocinco estava lá com sua emissora, a OCNN (Ocho Cinco News Network)

E outros que só eu vi:
- Nosso cameraman Fernando, sem qualquer cerimônia, deu um chega pra lá no Steve Mariucci, ex-coach do 49ers e atual comentarista da NFL Network.
- Fiquei exatos 8 minutos esperando o Robert Meachem desligar o celular (ligação pessoal, pelo que percebi) para entrevistá-lo. Desisti. O cara é muito metido.
- Sean Payton deu uma bronca “de leve” na imprensa porque havia vários jogadores do time de especialistas vagando sozinhos pelo lounge, abandonados pelos jornalistas. “Those guys can decide a match on a kick return, remember that...”, disse o técnico dos Saints;
- Os Colts estão muito confiantes, mas os Saints mostram mais empolgação e alegria.
- No meio da confusão, pisei no pé do WR Lance Moore. Por alguns segundos, fiquei com medo de ter causado uma lesão, tirado ele do Super Bowl e, com isso, ter mudado a história do futebol americano. Felizmente, foi só viagem da minha cabeça neurótica. Ele nem percebeu.

É isso!


PS de curiosidade: estou fazendo este post na Sala VIP da Delta, em Nova York, esperando pelo voo para o Brasil. Logo ao chegar, dou de cara com um garoto vestindo uma jersey dos Saints. Até aí, nada de anormal, estamos nos EUA, certo? Só que, no caso, trata-se de um brasileiro, Lucas, que está viajando com os pais. E ele torce mesmo pelos Saints! Quais as chances de uma coincidência assim? Não acredito em sobrenatural, mas que as bruxas de New Orleans estão fazendo um bom trabalho pelos Saints, ah, isso estão!

Super Bowl Media Day – parte 2

Vou começar pelo fim. O vídeo abaixo é da festa oferecida pela NFL aos jornalistas que estão cobrindo o Super Bowl. Espetacular...


ATENÇÃO: ESTE VÍDEO NÃO DEVE SER ASSISTIDO POR PESSOAS COM PROBLEMAS CARDÍACOS E POR NAMORADAS CIUMENTAS (principalmente a minha!)

Nesta quarta feira eu posto aqui a parte "séria" da coiisa, ou seja, como foram as entrevistas com os jogadores no Media Day. 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Super Bowl Media Day – parte 1

Estou em Miami (Fort lauderdale, na verdade) e começo esclarecendo que não vou ficar aqui até o Super Bowl. Faço a matéria nesta terça, no Media Day (entrevista coletiva de Saints e Colts) e volto a São Paulo na quinta. Não houve como o BandSports viabilizar a cobertura e a transmissão do jogo direto de Miami este ano – vocês não têm ideia da fortuna que custa isso. Mas ano que vem... Bom, vamos guardar as surpresas.

Eu não estou nem um pouco triste de ter que voltar antes do Super Bowl. Não era nem para eu estar aqui cobrindo o Media Day. Isto é um “dream come true”. Num lance de muita sorte, fui escalado pela editora de revistas onde trabalho para fazer uma matéria em Nova York. Bastou Adiar um dia a volta e dar um pulinho em Miami para ao menos sentir o clima do Super Bowl, ver e falar de perto com jogadores, técnicos e jornalistas.

E assim foi. Após quatro dias de reportagem em uma congelante Nova York, para a revista Próxima Viagem, peguei um voo em La Guardia, entrei em “football mode on” e cheguei  às  15h40 desta segunda no aeroporto de Fort Lauderdale, na chuvosa Flórida.

Nem bem desci do avião, já dei de cara com faixas e cartazes do Super Bowl para todos os lados. Vocês devem estar perguntando: “Fort Lauderdale? O Super Bowl não é em Miami?” Bem, coisas de Estados Unidos:  o estádio fica em Miami Gardens, um subúrbio de Miami que está muito mais próximo ao aeroporto e à zona hoteleira de Fort Lauderdale do que da própria Miami. Por isso, tudo está aqui em FLL: o centro de imprensa, os hotéis onde Colts e Saints se hospedaram, centro de treinamento...

Chove muito (me lembrou até SP...) e faz até um certo calor aqui na região de Miami, pelo menos se comparado aos 13 graus negativos que peguei em Nova York anteontem. Voei pegar minhas credenciais no Centro de Imprensa, pois sabia que às 18h haveria uma coletiva dos Colts no hotel onde estão, o Marriot Beach. O Saints havia feito o mesmo um pouco mais cedo, enquanto eu ainda estava em voo.



Fiquei impressionado com a quantidade de faixas, cartazes e referências ao Super Bowl. Até lanchonetes exibem suas promoções “Super Bowl Special Breakfast” e coisas do tipo. O Centro de Imprensa fica no Centro de Convenções de Fort Lauderdale e é enorme, com áreas paras TVs, rádios, revistas e jornais. Muito legal entrar lá e dar de cara com Marshall Faulk e outras figurinhas carimbadas que trocaram os campos pelas câmeras. Aliás, tenho o tempo todo que ficar me policiando e não sair do papel de jornalista, coisa difícil pra quem, acima de tudo, é um amante desse esporte.

Num dos ônibus que transporta o pessoal entre o Centro de Imprensa e os hoteis, conheci duas figuras. A primeira foi Mike, um grandalhão que cobre futebol americano para o Pentágono e para a Armed Forces Network (AFN) a emissora que mostra os jogos aos soldados americanos espalhados pelo mundo. O cara disse que pretende passar lua-de-mel no Brasil, mas não sabe onde exatamente. Eu resolvi o problema dele: fale de Natal, da base aérea de Parnamirim (a maior base americana fora do seu próprio território durante a Segunda Guerra Mundial) etc. etc. etc..  Se nçao se convenceu, ao menos ficou muito surpreso, inclusive quando eu disse que ele veria a galera jogando football na praia...

Também conheci outra figuraça: Mia, apresentadora de um programa na WFAN, a rádio de esportes mais famosa de Nova York. Percebendo minha total “virgindade” em coberturas de Super Bowl, ela parou tudo o que estava fazendo para me dar um monte de dicas. Aliás, assim como ela, outra americana – esta da organização - veio me ajudar espontaneamente quando eu estava perdido tentando entender o roteiro dos transportes entre o Centro de Imprensa e os hotéis dos times. Chegou perguntando em português: “Você é brasileiro, né? Pera aí que vou te levar ao ponto de embarque” Pois é, nem todo americano é xenófobo ou olha só para o próprio umbigo.

Tá, mas e o football? E o Super Bowl? Bem, cheguei ao Marriot Beach às 18h01 – e, claro, a entrevista dos Colts já havia começado, pontualmente. Jim Caldwell falava num grande auditório, enquanto num salão adjacente, davam entevistas a pequenos grupos de jornalistas o CB Kelvin Hayden, o DT Daniel Muir, o RB Joseph Addai, o LB Gary Brackett e o OT Rian Diem. Todos eles impecavelmente trajados com paletó e gravata – exceto por Joseph Adday, que lançou nova moda: camiseta surrada, calção e... meia social preta com sapatos! Vai entender...

Assisti boa parte da entrevista de Jim Caldwell, que é um cara muito comedido e, por isso, até um pouco desinteressante. Ele nitidamente “escondeu o leite” e enrolou nas perguntas mais capciosas, como o que será do pass rush sem Dwight Freeney ou como a chuva (sim, tá chovendo muito!) pode mudar o game plan do time.

No salão, alguns jogadores também eram bem “vaselina”, como Kelvin Hayden e mesmo o Joseph Addai. Respostas bem óbvias e muito cuidado pra não entregar o ouro nas perguntas específicas. Em certo momento, um jornalista questionou a Addai se ele preferia jogadas pelo meio da DL dos Saints ou se seria mais fácil fazer o sweep. Addai começou a falar e, de repente, travou. Parou e concluiu com uma obviedade: “hmmm it’s gonna be tough anyway.”

Já o Rian Diem soltou o verbo. Perguntei se a chuva torrencial atrapalhava de alguma forma os eventuais ajustes que a OL dos Colts tivesse que fazer em treinos esta semana visando deter a defesa dos Saints. Ele respondeu bem metidão: “Não precisamos ajustar mais nada, nossa linha já sabe tudo o que deve fazer...” 
Uma resposta curiosa veio quando pedi que comparasse os métodos de treinamento de Jim Caldwell e Tony Dungy. Ele soltou que Caldwell é um “Power Point freak”. Dungy falava e conversava muito, já Caldwell tem uma apresentação de Power Point para qualquer coisa que queira mostrar ou dizer ao time. Não há um dia que o time não se reúna para as “aulas” com o professor Caldwell...

Por falar nele, depois de sua entrevista, quem ocupou o auditório foi, claro, Peyton Manning. Muito bem humorado, fez a platéia de jornalistas rir quando disse que vir ao Pro Bowl (ele foi obrigado ela NFL a comparecer ao estpadio domingo passado) foi bacana porque “a comida no voo estava boa, encontrei meia dúzia de amigos e ganhei 45 mil dólares para não fazer nada...”

Quando falou sério, disse coisas bem interessantes. Sobre a no huddle offense, fez questão de dizer que ela funciona nos Colts não graças a qualquer tipo de “genialidade” dele próprio, mas sim porque o huddle acontece, na prática, na sideline, quando a defesa está em campo. Ele passa o tempo todo conversando como Wayne, Garçon, Clark e Adday, pedindo sugestões. E foi muito direto ao dizer: “E eu não aceito que eles me respondam com algo óbvio como: ‘estou desmarcado’ ou ‘quero mais a bola’. Eu quero que me digam que fragilidades estão sentindo nos DBs adversários, que rotas podem ser mais efetivas, onde estão precisando de um bloqueio melhor...” Ou seja, Peyton Manning não apenas é um gênio como também inspira e estimula a genialidade nos seus companheiros durante o jogo.

Bom, tem muito mais. Mas agora preciso me preparar para o grande dia da coletiva no estádio, com câmera e tudo. Wish me luck, guys!