A incrível história de Pat Tillman

Estreia no segundo semestre nos cinemas dos EUA o documentário “The Tillman Story”, sobre a vida do strong safety Pat Tillman, que jogou pelo Arizona Cardinals e morreu no Afeganistão em 2004.

Torço muito para que esse filme seja exibido no Brasil, porque foi um do destaques do Sundance Festival de 2010 e tem uma história de arrepiar.

Tilman era um cara muito especial. Além de ótimo jogador – foi o defensive player of the year da PAC-10 em 1997 -, ele também era uma espécie de gênio. Graduou-se em marketing na Arizona State University em apenas 3 anos e meio, com um GPA de 3,84 (o máximo é 4).

Era conhecido pelos seus colegas de football como o “intelectual”, porque estava sempre devorando livros. Mesmo sendo ateu, leu, durante o tempo em que ficava concentrado com o Cardinals, nas temporadas de 1998 e 1999, nada menos que a Bíblia, o Corão, o Livro de Mórmon e outros. Sua busca por conhecimento era uma obsessão.

Em 2001, após os ataques de 11 de setembro, abriu mão de um contrato de US$ 3,6 milhões para se alistar no Exército do Estados Unidos. Mas engana-se quem pensa que ele era um desses fascistões xenófobos dispostos a “matar árabes”. Pelo contrário, Tilman logo se revelou um problema para as Forças Armadas, pois era contrário à guerra e não escondia isso. Pouco antes de morrer, havia marcado um encontro com o famoso escritor Noam Chomsky, um dos maiores críticos da “Guerra ao Terror” de George W. Bush.

O encontro nunca ocorreu porque Pat Tillman morreu no Afeganistão, em 22 de abril de 2004 – em circunstâncias muito estranhas .


Há muitos outros fatos intrigantes sobre Pat Tillman, mas não vou contar aqui. Com tanto lixo nas telas dos cinemas, sinceramente espero que as distribuidoras brasileiras reservem pelo menos uma ou duas semanas à exibição de “The Tillman Story”.